Na escola pública em que estudava, em Parajuru (distrito de Beberibe), Wenderson Matos foi instigado a participar de olimpíadas escolares. A primeira medalha veio na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). “Ganhei o bronze e aquilo me deu vontade de estudar. Vi que estudando eu ia ter resultado. Passou a fazer sentido”, explica o jovem de 17 anos.
Foi ele mesmo que avaliou que, para o ensino médio, o melhor seria estudar na Capital. Foi aprovado em primeiro lugar em uma escola profissionalizante. Quando soube da associação Primeira Chance, mandou e-mail. Foi chamado para fazer prova, entrevista, até receber a ligação parabenizando que havia sido aprovado.
A partir daí, Wenderson foi matriculado nas turmas ITA/IME de um colégio particular. O objetivo, então, era tentar aprovação em Engenharia. Ele admite que sentiu a diferença. “O nível era muito alto, caiu a ficha que precisaria estudar para acompanhar”. Até que vieram as aprovações nos vestibulares. Pôde escolher entre IME (Instituto Militar de Engenharia) e Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa).
Esse, segundo o jornal britânico Financial Times, é uma das melhores escolas de negócios no mundo, com o qual a Primeira Chance firmou parceria em 2013. Foi o eleito de Wenderson, que estudará com bolsa – a mensalidade ultrapassa R$ 3 mil. Agora, ele se prepara para morar em São Paulo. “O apoio da Primeira Chance em tudo isso foi dos mais importantes, tenho muito a agradecer. Vou continuar a fazer parte do projeto. É uma rede de amigos”.
Determinado, o menino planeja, no futuro, montar a própria empresa, morar em outro país – como a Alemanha. Agora ele já descobriu que nos seus sonhos cabem um mundo. “Eu não quero estar trabalhando só pra complementar um lugar. Eu quero fazer a diferença”.
Wenderson Matos é bolsista da ASSOCIAÇÃO PRIMEIRA CHANCE, uma das entidades apoiadas pela Fundação Beto Studart.
Fonte: O Povo Online.
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