O Ceará ganhou, em outubro, uma revista de cultura diferente, caracterizada por um olhar cearense sobre o Ceará e o mundo que nos cerca, em torno, por isso mesmo, não apenas da cultura como da relação com o meio ambiente. Contando com o incentivo predominante da iniciativa privada, a Revista Harco demonstrou a capacidade do empreendedorismo e do jornalismo cearense, contando, para isso, com uma rede de colaboradores de alto gabarito, além de alguns apoiadores que acreditaram desde o início em nossa proposta. Entre eles, a Fundação Beto Studart, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, o Bar e Restaurante Kukukaya, a Galeria J.G Arte Visual, a Premolduras, a Viana Veículos e alguns outros incentivadores. A cultura vista pela Harco representa uma espécie de síntese do pensamento coletivo e intelectual que constitui a sociedade cearense, mas em dia com a idéia de que as fronteiras, sobretudo neste campo, são cada vez mais supérfluas.
Assim, abordamos também temas relacionados a outras visões de mundo, outros cenários que, inclusive pela influência da mídia, acabam fazendo parte de nosso imaginário contemporâneo. A cultura popular em dia com a sétima arte. Nossas relações identitárias e comunitárias próximas aos principais eventos culturais que ajudam a ampliá-la em novas direções. Com seu próprio nome apresenta, Harco pretende difundir alguns destes vínculos, incluindo o próprio meio ambiente, tema dos mais imprescindíveis para quem deseja, assim, estar “Em dia com o mundo”, como sugere o nosso slogan.
O Ceará teve poucos exemplos de revistas destinadas à cultura, entre eles: O Saco, Nação Cariri e, mais recentemente, Seven e Enredo, esta pertencente à Secretaria de Cultura do Estado. Criada pela Associação Harco, de Nauer Spíndola e Vavá Azim, Harco busca uma visão crítica e independente acerca do imenso universo cultural cearense, nordestino, brasileiro, mundial. Em seu primeiro número, a reportagem de capa tratou de promover o encontro entre os artistas plásticos Sérvulo Esmeraldo e Francisco Brennand. No segundo, o novo diretor do Museu da Imagem e do Som, Nirez, teve sua trajetória contada pela revista. Em março, seu terceiro número descortinará a trajetória do poeta popular Patativa do Assaré. Desafiando uma crise que esperamos não tenha, de fato, o destino apocalíptico traçado por alguns, Harco se propõe a buscar novos elementos para fortalecer laços cada vez mais necessários de serem mantidos e/ou alcançados em nosso cotidiano.
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