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Mãos que voam

A performance dos cadeirantes contribuiu para que o time do Ceará brilhasse na abertura do circuito regional 2011

Eles competem como cadeirantes no atletismo paraolímpico -, nas provas dos 100 e 400 metros. E exatamente nos 400, ontem, os paratletas cearenses Franklin Cunha e Humberto Lima Henriques protagonizaram acirrado duelo na briga pela medalha de ouro da competição.

Humberto largou na frente. Franklin reagiu e passou o colega. Mas eles cruzaram praticamente juntos a linha de chegada dos 400m da etapa de abertura do Norte/Nordeste do Circuito Caixa Brasil Paraolímpico de Atletismo, Halterofilismo e Natação. E Henriques garantiu o terceiro ouro nesse evento.

O N/NE, que começou no sábado passado com a natação no Náutico e atletismo e halterofilismo no Estádio de Atletismo e no Ginásio Poliesportivo da Unifor, foi encerrado, ontem.

 

Surpresa

“Foi uma corrida boa. Para mim foi até uma surpresa, já que a minha especialidade são os 100 e 200m. Mas o Franklin sempre foi um incentivo para mim nos 400 e o objetivo é esse mesmo, a gente correr bem e chegar junto”, disse Humberto Henriques após a prova. Humberto e Franklin estão garantidos na primeira etapa nacional do Circuito Paraolímpico de 2011, em agosto, também em Fortaleza.

 

Estreia

No primeiro dia do N/NE Paraolímpico, no sábado, os cadeirantes da Associação dos Deficientes Motores (ADM/CE), Humberto, Franklin e Maria de Fátima Fonseca Sales já tinham brilhado. O primeiro faturou ouro nos 100 e 200m. Franklin foi ouro nos 800m e Maria de Fátima Fonseca Sales, do projeto Mãos que voam, tocado por Franklin, foi ouro e bateu o recorde nos 200m, tempo de 38s.

E, ontem, a estrela do projeto Mãos que voam foi a cadeirante Marciana Teixeira, medalha de ouro nos 400m/T54, com 1m14s55, novo recorde brasileiro. Maria de Fátima foi prata e Dayane Clésio ganhou bronze.

 

Outro recordista

Outro recordista cearense no N/NE Paraolímpico foi Francisco Jefferson Lima. No sábado ele conquistou a medalha de ouro do lançamento do disco, com marca de 35m51, novo recorde da prova. Jefferson ainda foi prata no lançamento do dardo e no arremesso do peso.

 

NÁUTICO ATLÉTICO CEARENSE

 

Inclusão também na piscina

Além do atletismo, a natação paraolímpica também foi cenário para o brilho das estrelas cearenses. Nas provas de sábado e domingo no Norte/Nordeste do Circuito Caixa Brasil, realizadas nas piscinas do Náutico Atlético Cearense, destaque para o fera Edivaldo Prado, que faturou seis ouros e um bronze nos dois dias de competição. “Me sinto um exemplo para outras pessoas com deficiência, pois elas podem ver que o esporte é uma eficaz ferramenta de inclusão social. Agradeço a Deus pelos bons resultados”.

Herbert de Souza, técnico do Centro Paradesportivo Edivaldo Prado, ressalta que há uma evolução durante as competições. “Tivemos treze atletas nesta etapa Norte/Nordeste, mais que o dobro do ano passado. E esta evolução também reflete nas medalhas”. Ele lembra que a instituição, sediada em Maracanaú, tem 370 vagas para desenvolver trabalho com paratletas.

Além de merecer os méritos da medalha de bronze nos 150m medley, o nadador Henrique Gurgel também se destaca na organização da Associação Cearense de Esporte Adaptado (ACEA), que, com apenas três meses de existência já conta com núcleos em Sobral, Cascavel e Fortaleza. “Tivemos 26 atletas inscritos nesta competição. Classificamos para a etapa nacional do Circuito, que acontece em agosto, aqui em Fortaleza e valerá também como segunda seletiva do ParaPan”.

 

MOACIR FÉLIX – REPÓRTER

 

FONTE:DIÁRIO DO NORDESTE

 

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