Paulo Ferreira Costa
- Nascimento: 10/04/1994
- Naturalidade: Capistrano – CE
- Período de concessão da Bolsa: 10/10/2012 à 31/07/2019
“Duas coisas resumem a minha trajetória até aqui: o trabalho da Fundação Beto Studart e o meu amor pela música.”
Depoimento do bolsista em 2020:
“Sou Paulo Ferreira, tenho 26 anos e moro no bairro de Monguba em Pacatuba-CE. Sou Professor de Música, Maestro e Gestor Cultural.
Dentre as atividades que realizo e colaboro, as que mais amo são as que envolvem ensino e\ou direção de projetos. Há projetos musicais como: a Banda de Música Sons da Aratanha, da qual fui fundador e venho atuando como maestro desde 2016; o Centro Cultural Sons da Aratanha (um equipamento sociocultural promovido pela Soarte-Sociedade Artística) que, desde de 2014, venho realizando a direção pedagógica geral; também atuo, de maneira voluntária, junto à Orquestra Adventista de Fortaleza na função de Maestro e diretor musical. Mais precisamente como colaborador, atualmente, estou realizando um trabalho na Casa de Vovó Dedé como professor de Leitura e Teoria Musical e no Centro Cultural da Pavuna (em Pacatuba) como professor de Flauta e Violão; já fui professor no Conservatório de Música Alberto Nepomuceno e também do Centro de Ensino Musical Hulda Lage.
Minha formação foi sempre cheia de muitas alegrias e também muitos desafios, mas sempre com muitas pessoas-anjos iluminando o caminho; algumas dessas que também representaram Instituições com admiráveis atuações na causa sociocultural.
Por vir de família humilde, toda a minha formação escolar se deu em escola pública, porém, para que minha formação musical tivesse um grande impulsionamento sonhava em estudar no Conservatório de Música Alberto Nepomuceno (a escola de música mais antiga do estado e de grande prestígio educacional). Para mim era um grande desafio, pois, além de ser em Fortaleza e o deslocamento já ser complicado ainda teria que custear as mensalidades do Conservatório, o que para mim era inviável financeiramente. Foi nesse momento que conheci, através da professora Domízia, o Projeto Cultivando Talentos da Fundação Beto Studart, que financiava os estudos musicais de jovens no CMAN, nesse momento comecei a ver que não seria somente um sonho, mas uma realidade em minha vida. Já no Conservatório fui acolhido pelos professores e coordenadores do CMAN em especial a professora Paula Franco que coordena o Projeto Cultivando Talentos e também a Dona Goreti Macêdo, da Fundação Beto Studart (que hoje descansa no Senhor e nos deixa com muita saudade).
Novas oportunidades e desafios começaram a surgir a partir desse marco chamado Cultivando Talentos. Acredito que pelo direcionamento natural das boas influências dentro do CMAN. Decidi por fazer o curso de Bacharelado em Flauta Transversal na UECE e para minha felicidade, e de meus muitos incentivadores, consegui a aprovação. Algo que marcou muito a minha vida foi a aprovação para fazer parte da turma de 2013 do projeto Briançon Tempo de Brasil (projeto realizado pela OSC Apice – Associação Amigos do Piano do Ceará, que selecionava e enviava jovens para estudar música no Conservatoire de Briançon) uma experiência muito engrandecedora que me deu muita bagagem cultural, musical, profissional e também humana; foram 10 meses de estudo intensivo que me proporcionaram também a habilidade de falar o francês (algo que muito me alegra). Em todos essas desafios e conquistas que surgiram em seguida ao Projeto Cultivando Talentos, a Fundação Beto Studart sempre esteve ao meu lado, acompanhando-me e sobretudome incentivando, tanto com bons conselhos, como com alguns financiamentos de bolsas de estudo e passagens para chegar até as oportunidades.
Posso falar com toda convicção que a ponte que simboliza a Fundação Beto Studart esteve com muita frequência ao meu lado e sou feliz por ter podido me apoiar nela e ir um pouco mais longe.
Hoje, não consigo me definir sem dizer um pouco sobre “partager” (compartilhar, partilhar) levar um pouco dessa ponte a outros jovens, outras crianças, quer seja através da arte ou de uma outra linguagem. A música vem colorindo os meus dias e, para mim, é impossível não compartilhar um pouco de cor com o próximo”.
Paulo Ferreira da Costa